Candidata do PV quer que produção agrícola pare de avançar sobre o cerrado
Na área de economia, as propostas da candidata do PV à Presidência, Marina Silva, não diferem substancialmente da política do atual governo, nem dos projetos de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), seus adversários na disputa pelo Planalto. Há um ponto, porém, em que a senadora se distancia e assume um tom mais duro. É quando trata do desmatamento.
Marina quer orientar o agronegócio para o desmatamento zero em todos os biomas. Isso significa que, além da floresta amazônica, defendida de forma quase unânime, ela quer que o Brasil pare de derrubar árvores também no cerrado, onde a fronteira agrícola se expande velozmente.
Um documento esclarece que esse não é um objetivo imediato, mas orientação estratégica, de longo prazo. Ao mesmo tempo, no entanto, evidencia a aversão da candidatura à ideia de que o aumento da produção agrícola deve se dar sempre com a ampliação da fronteira agrícola. A produção deve aumentar, segundo as diretrizes de Marina, com “ganho de produtividade”, explorando melhor o que já foi desmatado.
O empresário Guilherme Leal, vice na chapa de Marina, disse que o Brasil precisa conciliar seu papel de grande provedor de alimentos e a importância da preservação ambiental.
- Queremos que o Brasil seja um grande provedor de alimentos e de combustíveis de nova geração, sem que se derrube uma árvore, preservando aquilo que será mais e mais valorizado no século 21, que são os serviços ambientais, as condições climáticas, que garantem a própria capacidade de produção.
Noticia do R7- DIA 11/07.
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